sexta-feira, fevereiro 03, 2006

A minha Mãe...


A minha Mãe

Já vos tinha dito…essa pessoa linda

Foi com alguma estranheza que percebi que ela também era humana

Cresci a admira-la de tal forma que qualquer crítica menos boa que lhe fosse dirigida magoava-me e era seguramente desmerecida!

Aquela super-mulher, independente, forte, auto-suficiente

Depois…com o tempo descobri que a minha Mãe também errava, também sofria, que era possível alguém magoá-la e mais duro ainda que era possível ela magoar-me. E como é fácil magoarmos aqueles que amamos e que nos amam! Basta a palavra “errada” no momento “certo”!

E então o meu respeito e a minha admiração por ti cresceu – tirei-te do pedestal (de onde se pode sempre cair) e coloquei-te bem mais além - num patamar inatingível – aquele onde deveriam estar todas as mães, pois ninguém pode alterar a tua importância e aquilo que significas para mim

Ganhaste muito mais valor quando percebi que és feita do mesmo que todos os outros e que mesmo assim és essa pessoa espantosa, de uma coragem excepcional, que me faz transbordar de orgulho poder dizer: é a minha Mãe!

Ensinaste-me a andar lembrando-me sempre que é essencial saber cair; ensinaste-me a falar e melhor ainda a não ter vergonha de cantar; mostraste-me como é bom ler e ganhei gosto a tentar escrever

Contigo aprendi que são as nossas acções que nos definem, e que é infinitamente mais importante aquilo que somos do que aquilo que temos; ensinaste-me a saber perdoar, e acima de tudo a perdoar-me a mim mesma

Agora que também sou mãe, percebo que me colocaste numa posição difícil – que é a de tentar ser para o meu filho aquilo que tu foste e és para mim, eu sei que nunca será igual, mas será que vou ter a tua sabedoria, o teu bom senso, a tua audácia – saberei tomar as decisões certas, será que conseguirei transmitir-lhe que pode contar comigo seja para o que for – aqui fica o meu forte desejo de ser somente uma boa Mãe, e o mais autêntico e intenso AMO-TE MÃE - obrigada por seres quem és

1 comentário:

Anónimo disse...

Que posso eu dizer-te, minha filha querida? que posso eu dizer que nunca te tenha dito? que és, para mim, a pessoa mais importante do mundo? que tu foste o único verdadeiro objectivo de vida que alguma vez tive? que és tu que dás sentido ao meu dia-a-dia? que és uma pessoa linda, por fora e por dentro? que és a minha melhor amiga? e que ainda por cima me deste um neto maravilhoso, lindo, meiguinho, risonho, simpático?



Pois… tudo isto tu sabes: sabes porque sentes e sabes porque muitas vezes to disse. E aqui fica o fundamental de tudo isto: nunca deixes de dizer às pessoas o quanto as aprecias; nunca deixes de dizer ao teu filho o quanto o amas. Se é verdade que os actos são importantes, não é menos verdade que as palavras (ditas, escritas) são fundamentais para alicerçar os nossos afectos e, acima de tudo, o afecto dos outros por si próprios.



E se os outros não gostarem deles, como é que eu posso gostar?


Published By Mia - February 03 11:47 AM