quinta-feira, junho 29, 2006

Miguel


Para ti que nunca me vais ler...

Demorei tanto tempo para te escrever estas palavras, as que nunca saberás
Ou talvez sim, talvez um dia alguém comente em jeito de troça, tentando tirar valor a estas linhas que te dedico, mas não te preocupes Puto pois "não seriam cartas de amor se não fossem ridículas", será apenas a cobiça a falar mais alto.
Pode acontecer que o excesso de vontade de te dizer o que quero, faça com que tropeçe nas palavras - como contar um amor? Há coisas que não são diziveis.
Ciúmes, gritos, lágrimas de raiva.
Separações, saudades, lágrimas de amor.
Tempos conturbados.
Não, aqueles dois não vão longe.
Prenunciava-se a morte de um amor imaturo.
Neste nosso amor bravo os extremos tocaram-se arriscadamente.
Foi feio, fraco, pequeno, bruto, amargo
Foi lindo, forte, grande, meigo, doce
Amar não é fácil.
Sobrevivemos.
Cedências...que pensava só minhas.
Não são, não foram.
Demos muito de nós, demos tudo.
Fizeste-me perder a estribeiras, sair fora de mim
Fizeste-me menina mais mulher
Fizeste-me mãe
És o meu homem, o meu fogo, o meu desatino, o meu Amor
És o pai do meu filho

Foi dificil mas estamos cá para contar como foi.

If it doesn´t kill you, it just makes you stronger

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